Vultos

Quem me dera,
Puder,
Chover,
Em cada respiração tua.
Quem me dera,
Deixar cair,
O peso morto do meu corpo,
Sobre os teus dóceis ombros.
Como queria…
Que ouvisses o que tantas palavras calam.
Que soubesses,
Tudo o que nunca te disse por gestos.
Mas nunca consegui…
Abrir a boca e dizer o que querias ouvir,
Mexer as secas palmas das mãos,
E conseguir, mover o céu…
Porque sempre fui,
Apenas mais um vulto…
Que assombra todas as historias,
Que te contam, minha doce criança.

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