Prometi a mim mesmo um dia proteger-te, adorar-te, aceitar-te com todos os teus defeitos. Prometi, dei tudo de mim para pudermos ser felizes, algo mais que sonhei puder ser. Abdiquei de mim, iludi-me, fintei todas as dificuldades chegando ao ponto de amar-te mais do que algum dia me amei a mim próprio. Tantas vezes, quis discutir, gritar contigo, explodir de raiva por tudo o que me fizeste, por tudo o que fazes. Mas aprendi ao longo da minha vida a controlar todos os impulsos para evitar falar o que não devo.
Pensa bem, depois de tudo o que aconteceu como podes encarar que a criança nesta história sou eu? Como podes dizes isso, quando quem nunca me levou a serio foste tu?
Espero que saibas que eu dei tudo o que tinha, e mesmo assim nunca foi suficiente…sempre me criticaste…sempre me meteste defeitos nas mãos.
E eu protegia-te do meu jeito simples, mas tu nunca compreendeste isso. Nunca viste o meu ponto de vista, nunca viste os meus olhos…nunca tentaste porque sei que te assustarias com tudo o que passei por ti.
E hoje foi o fim, quebrei…não consegui mais conter…não consegui mais esconder.
Tinha na minha cabeça um acumular de coisas, e se calhar fui bruto contigo. Mas não me arrependo, porque sei que te habituei mal. Sempre deixei tudo ser como tu queres, sempre te deixar construíres uma coisa a tua forma, esquecendo por demasiadas vezes a minha.
Mas uma relação seria é isto…. (Os pensamentos consomem a minha cabeça)
Interesse
Dedicação
Protecção
Atenção
Compreensão
Carinho
Afecto
Responsabilidade.
Confiança
Respeito
Mas acima de tudo, aprender a colocar a outra pessoa e o seu bem-estar a frente do nosso.
Quantas vezes me colocaste a frente de ti?
Eu sempre encarei tudo isto, sempre aceitei os termos deste jogo antes de ter entrado nele, talvez afinal a criança não seja eu...talvez quem não perceba es mesmo tu e usas-me como uma desculpa para ocultar as tuas falhas. Mas quando olho para a tua face da moeda…vejo que talvez não valha a pena eu ter uma coisa seria, quando tu te limitas a destruir tudo…nos teus pequenos actos adultos, nas tuas pequenas incompreensões. Eu sei que não sou perfeito, que por vezes não te compreendi…mas depois de tudo o que me fizeste…depois de tudo o que te perdoei…depois de tudo o que lutei, merecia um bocado mais de ti…e sei que não o tenho. Talvez há coisas que não estejam destinadas.
Talvez seja melhor esquecer.
Talvez eu devesse falar mais…mas se falar mais…temo quebrar a promessa que fiz em proteger-te.
Sou bom demais…e por isso resisti tanto, lutei tanto.
Tudo tem um fim…o nosso chegou antecipado, pelo simples facto de tu não quereres saber se estou bem ou mal, se choro ou riu, de tu não me dares valor, de tu me meter defeitos sem olhares um segundo para as minhas qualidades, de tu me fazeres sofrer, de tu não lutares.
O que me faz continuar afinal, quando tu desististe logo no inicio?
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