Realidade paralela

26 de outubro de 2010
Sinto o vento percorrer o meu corpo
Semi-nu.
Tou num local incerto,
Improvavel.
Sinto a areia entre os meus dedos,
Sinto o mar,
É certo, que tou a sonhar.
Pois o mar e a areia não fazem parte,
Da mobilia do meu quarto.
Ta frio,mas transpiro.
O carol do sol queima-me a pele,
Onde o moreno já não habita mais.
A luz do candeeiro faz os olhos arderem…
Mas o curioso é que ele ta apagado.
Olho para todos os lados,ao longo de um areal.
Não vejo ninguem, pois tal como na realidade tou sozinho,
No meu pequeno quarto.
Sento-me…sinto o colçao moldar-se nas minhas costas,
A areia correr entre as minhas pernas.
Tremo.
Penso, nada disto é real.
Aqueço-me entre palavras.
Desfaleço perante uma onda que me atingiu…
Esforço-me por respirar,mas sei…
Respiro tranquilamente.
Queimo ao sentir a tua respiraçao,
Levanto-me da areia,
E vejo-te…linda como sempre,
Tao pouco real podes ser.
Sangro pelo nariz,incansavelmente…
Sinto os lençois molhados,
Tingidos de um vermelho incontrolavel.
Sinto-te longe, mas perto na minha cabeça.

Acordei, felizmente…
Vejo, não tou mais sozinho.
Tas juntinha a mim,
A limpar todo o sangue que em mim escorreu
E ficas quieta.
Aconchegada a comodidade
Do meu corpo.
Encaixo-me,
Completo-me

Quando encostado ao teu corpo.
Sonho no dia, em que toda esta realidade
Pule da minha cabeça,
E que tudo permaneça singular
Tal como tu estrela.


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