Fiquei parado, sentado no passeio, coberto pela gélida noite que me acompanhava nesse dia…
E estava lá, receoso do que poderia acontecer amanha…do que surgiria de uma conversa, onde eu não sabia o que dizer…
Preenchido pelo ar, envolto em nervosismo, olhei em frente…repensei, imaginei toda a conversa mentalmente. Dominei todo o sentimento que me rodeava e expressei-o por palavras.
Meras palavras, circunscritas no ar, escritas no meu olhar…e que se perderam.
Perderam-se no meu receio da tua possível reacção…da tua possível rejeição…
Perguntei num tom surdo…a noite “O que faço? O que digo? Como é que explico o explicável?”
E esperei…ansiosamente esperei pela resposta que nunca veio…mas que chegou a mim de uma maneira simbólica...
Tudo o que ouvia na minha cabeça era “ Conta tudo, deixa-te fluir nos cabelos dela…deixa-te envolver no perfume dela…decora cada gesto que ela faça pois pode ser o ultimo que vês…”
Joguei com o meu senso comum, elevei-o ao máximo possível…tudo o que queria era bem visível.
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