Viajei a deriva, num pequeno rio cristalino…uma viagem sem destino nem retorno.
Viajei com o mundo nas costas, com as estrelas nas mãos que me sossegavam nas horas de cansaço…
Fiz uma pausa…discreta…caminhei durante muito tempo sem parar...
Não tive tempo, para derramar uma única lágrima, quer de felicidade ou tristeza…
Desaparecia….numa pequena nuvem, onde de leve reaparecia…crescia…diminuía cada arrogância que tinha em mim e teimava em ficar…
Olhava, lá no topo do monte… em meu redor…apenas via a cor cinza que cintilava…que calava qualquer alegria rejuvenescente. Procurei tão concentrado, por qualquer pequeno sinal de luz, ou cor…mas nada via.
Alguém havia sugado toda a cor, todo o sabor que o mundo continha…e ficava eu ali…sozinho e pensativo…
O que aconteceu a tudo?
Porque apenas a cor da cinza aparecia diante dos meus olhos?
Procurei, atentamente…dentro de mim…a luz e a resposta…e então percebi o que acontecera…ao meu redor…mas em especial dentro de mim…
Aconteceu revolução…as pessoas ficaram cinzentas e negras…pois deixavam arder dentro de si…sentimentos…e não os deixavam ver a luz do dia…escondiam com medo…de uma rejeição.
Mas porque teme todo o ser humano?
Continuei no topo, daquele monte…o resto da minha vida…em busca de perguntas onde as respostas estavam perdidas a muito na parte mais secreta da vida…o coração.
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