Escrevo uma carta, numa folha livre das imperfeições da tinta e das palavras que nela escorregam. Livre de todos os erros gramaticais, de todas as dúvidas morais.
Escrevo com um pedaço de lua. Faço o eco desfazer-se numa palavra nua.
Deixei, a folha branca pois ela nunca me pertencera.
Pertence a alguém, certamente, mas não a mim.
Nela apenas faço rabiscos com um lápis mal afiado.
Mas as vezes exagero na força que utilizo e parto o bico do lápis.
Fico imóvel, calado…pois a minha aguça é imprecisa. A minha aguça são todos os erros que cometo. Todos os que sou capaz de reconhecer pelo menos…mas são tantos.
Erro, ate mesmo no facto de nos dias chuvosos respirar.
Não sei como controlar, toda a natureza dos meus erros…
Mas não consigo…não tolero continuar assim…
Não sei qual a melhor maneira de melhorar os meus rabiscos…desespero.
Mas espero.
Espero ser capaz de os transformar numa obra de arte, invisível a todos…mas visível em mim.
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