Dear dad

Tive deitado na cama. Frente a frente. Passado e futuro.
Tive conversas que dou tudo para as ter…aquelas sem sentido. Pus-te a ouvir no ipod uma banda chamada “the script”. Suspiravas, na dor da tua inocência. Sentes-te fraco, porem fraco sou eu que por mais uma vez não estive presente para te salvar. Es tudo pai. Dizes que me queres levar a jogar futebol, a brincar como antigamente, a viver como antigamente, mas não tens noção da tua fragilidade. Dás-me a mão, dizes que gostas de mim. Apertas com tanta força…choras. Imploras que te possas levantar mas as pernas não se movem…
Não sei o que fazer…não sei como reagir a isto, não de novo, não agora. Não estou preparado para travar mais esta guerra por ti, por nos. Mas luto, quero mesmo salvar-te. Luto e luto. Caio, perco.
Bato com a cabeça na parede. As lágrimas escorrem-me nos olhos e unem-se ao sangue que espalhei no chão. Não te vou abandonar, não agora, não de novo. Estou aqui para ficar, prometo.
Prometo que te vou salvar. Prometo que me vou matar emocionalmente a tentar.
Prometo o mundo…
Sou só eu e tu agora pai.