Letters to you

Construi castelos de areia em torno de ti.
Deixei as ondas trazerem para mim o cheiro dos teus cabelos despido de medos e planos.
Agarrei e senti, cada grão de areia deforma-se em torno do teu corpo como se fossem simples bolas de sabão, que deslizavam como o vento e que me faziam descansar de noite.
Tudo em ti, é uma interrogação para mim. Tudo me prende, tudo me fascina, tudo em ti faz o melhor de mim sair a tona. É um efeito que te caracteriza, que me faz pensar seriamente no rumo que poderei dar as minhas palavras, que põe em causa todos os meus gestos.
Não sei reagir contigo, não sei construir algo que não sou nem pretendo mudar nada do que és.
Queria ver-te, queria falar contigo…dizer algo bonito para te agradar, para te convencer que não te quero fazer mal, mas prefiro esperar calado, naquele banco de jardim a beira-mar que me caracteriza.
Palavras tornam-se monótonas e frágeis e perdem-se….ai, como se perdem aquelas tontas no vazio quando olho para ti.
E então escrevo-as num livro, de modo a que elas nunca se percam no silêncio.
Faço rabiscos e desenhos, sombras e luzes, noites e dias.
E neles, fecho os olhos, e imagino-te sorrir.
Estarás lá quando abrir os olhos?


2 comentários:

  1. Devias ouvir os Beatles, sabias Nandinho? Tu e eles é só escrever sobre romance, blablabla.
    I'm just kidding bro, continua a escrever que sabes que gosto de ler c:

    (UHHHHHHHHHHHM DE QUEM SERÁ ESTE COMENTÁRIO ADORÁVEL?)

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