Humanismo


O sol nasceu, juntamente com um novo dia.
Acordo,saio a rua. Limito o meu pensamento ao traçado das ruas, as gotas de orvalho nos jardins,as expressões vazias das pessoas. Encosto-me a uma pedra e desenho uma arvore em pleno ar. Idealizo folhas a crescer e a cair, flores a nascerem, renascendo na sua morte. Refugio-me da chuva, sentando-me no chão em pleno céu aberto. A chuva cai, como se cada gota tentasse comunicar comigo. Já deveria ter deveria ter decifrado a sua mensagem, apos ter encharcado toda a minha roupa. Sentia um pequeno rio fluir das palmas das minhas mãos. Tentava conte-lo mas sentia a água moldar-se cada vez mais a ti.
O sol vai-se lentamente decaindo no céu , despedindo-se com este novo dia.
Deito-me na relva,regresso a casa. Sinto o ar fresco da noite trazer-me todas as boas memórias que construí contigo.
Olho o céu. A chuva torna-se escassa e trouxera consigo algumas estrelas que conto por entre as neblinas. Acho que poderia fazer disto a minha vida...limitar-me a contar estrelas, uma a uma...de dia...de noite. Talvez te convidasse para contares comigo. Acho que precisava de ver se realmente amas estas estrelas como eu amei um dia.
Precisava de ver algo em comum entre nos, algo que possivelmente nos distinguisse como pessoas.
Acredito que possivelmente os dias não seriam mais apenas dias, nem as noites apenas pura e simplesmente noites. Talvez tudo se transforma-se em palavras, que um dia dissemos um ao outro, uns meros silêncios que trazes contigo, ou talvez tudo se transformaria na imensidão que é  ter saudades de te abraçar.
Eu precisava simplesmente de um novo motivo, um outro motivo alem de nos para escrever.
Talvez o tenha encontrado entre tantas estrelas que aprendi a contar sozinho. Talvez seja esta a matriz do meu novo rumo, a matemática da vida, as contas simples de um a zero que me ensinam a viver com mais intensidade. Talvez seja o motivo de me sentir completo quando pego numa caneta, talvez veja em tudo o que me rodeia mais do que simples números, letras ou expressões, mas sim um mundo em constante mudança e onde a imaginação da humanidade prevalece 

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