Intempéries


Inverno...
Ate a pronunciação desta palavra me faz tremer.
Ainda não entendo a causa da neve, ou o motivo pelo qual me beijas o canto do lábio com um ar frio, imortal. Tentei encontrar sentido, para a chuva que me bate na janela. Tudo sempre foi isto, um jacto de água de encontro a um vidro, um sussurro entre a janela.
Não vejo motivo para não te ouvir, ou para me esconder entre os lençois. Não encontro razão para as minhas fugas, para os meus medos. Encontro antes força para te ter entre os dedos, e tu escorregas sem corpo nem face.
Es forte, é intimidante quando fazes o vento vir contra mim, quando luto para correr na sua direção  o mais rápido que consigo, porem acho-te reconfortante..
E sem outra explicação, sorrio vendo-te aparecer na esquina do quintal

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