Cubro-me com um cobertor, ouço umas músicas esperando que
estas me salvem do aborrecimento. Penso em ti, mas sei que possivelmente cai no
teu esquecimento.
Falta algo aqui, algo que possa acompanhar esta minha ilusão
nesta noite fria…As paredes brancas encolhem-se sobre os meus ombros...o relógio
faz o seu tic-tac habitual e este consome todos os segundos que penso em ti. De
que serve viver nas margens das memórias?
Tenho imagens que gostava de esquecer…tenho momentos que
queria ter continuado mesmo que essa oportunidade não me tenha sido concedida.
Tenho tanto para te dizer…mas não sei como expressar tamanha carga emocional. Tentei
fugir do teu fantasma, mas começo a aperceber-me que talvez esse fantasma seja
eu.
As árvores mexem-se com o vento, e a noite abraça a rua com
um abraço…
Os dias passam, e em breve vai amanhecer…e talvez nesse amanhecer
veja o que o futuro me reserva…e talvez use esse pensamento para me manter a deriva,
na esperança que estejas bem.
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