Aqui permaneço...imune ao tempo...e espero.
Continua frio,como ontem.
A luz entra-me pela janela...bate-me nos
olhos.
Fico quieto...não desejo despertar já...porque
sei que o coração vai adoecer com o tempo que não tenho.
Ouço, e vejo na janela palavras que nunca
disse...
Não sei mais como adormecer, como curar o incurável
ou encontrar felicidade nas coisas plenas da vida...existem dias assim.
E as memórias invadem os dias, como se
delas viessem as horas, e como se as horas viesse a solução para o problema que
não tenho.
E ainda assim espero...pelas respostas que não
quero...pelo sossego que a noite já me da...mas ainda assim sinto falta, de te
abraçar como sempre o fiz...de pensar em ti como se isso fosse motivo para me
manter acordado como sempre o foi.
A vela apaga-se lentamente, no entanto ainda
consigo apaixonar-me pelo que sempre conheci...pois no escuro tudo faz mais sentido,
porque o escuro não abriga os segredos dos teus olhos.
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