Vazio que trago quando me lembro de ti

Reescrevi-te na minha personalidade. Cometeste o maior dos crimes Roubaste algo que sempre te pertenceu.
Eu sempre imaginei como seria o futuro…via-o contigo.
Mas nem sempre alcançamos os objectivos na totalidade. A vida simplesmente resolveu a equação da realidade vs sonho.
Talvez da minha parte pudesse ter mudado muito, mas de nada adianta culpar-me agora…
Fico a chuva, sentado num banco de jardim a espera que venhas, mas nunca apareces.
Nunca mandei uma mensagem a marcar um encontro porque pensei que irias sentir o meu batimento cardíaco dentro de ti, e o seguirias ate mim.
O pensamento consumiu-me a sanidade…deixei de ter lógica.
O vazio entrou pelas pontas dos dedos e atravessou tudo, fazendo pressão sobre a corrente sanguínea que tanto se debatia por lhe fazer frente.
Perdeu-se tudo no caminho…porque nunca fomos pelo melhor caminho, nem o melhor caminho chegou a nos.
Mantínhamo-nos inocentes, porque na verdade é isso que provamos ser.
Sinto a tua falta, disso podes ter a certeza.
Mas cansei de falar, mesmo que queria não consigo controlar nada em mim.
Eu estou em explosão completa em todo o meu corpo. Gosto de sofrer?
Sempre achei que não, mas tudo me prova que sim.
Atingi o limite por ti, e tu nem por perto estavas.
Tentei partir, mas tu perseguias-me para todo o lado.
Provei ser a insanidade da minha própria emoção.
A praia deixou de me proteger. O próprio céu deixou de me cobrir. O mar? Esse trouxe-me a alegria que tive em te beijar cada segundo. A ti? Nada te recorda as tardes que passavas deitava a ver-me. Nada te relembra o que vivemos. Esqueceste com tanta facilidade. Talvez em ti nunca fosse suposto acontecer.
Vou ficar bem, sei isso. Pelo menos tento mentalizar-me disso.
O amanhecer vem ai, prometo. E nele…tu não és mais um raio de sol.

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