Matemática Emocional

O tempo vai passando levemente pela vida de todos os que me rodeiam.
Todos sentem o peso dos erros do passado.
Eu, sempre tentei ser sombra da minha própria solidão…sempre tentei envolver-me de uma energia positiva, só assim seria capaz de fazer frente a todas as adversidades desse inverno gélido que consume o olhar de tanta gente.
Tal como toda a gente também falho, também erro mesmo não sendo assim tão perspicaz ao ponto de conseguir admitir que o fiz muitas vezes.
Sou frágil, mesmo quando quero ter comigo aquela armadura de ferro que me protege contra os constantes ataques do inimigo.
Mas ao ver-te, tudo muda.
Quando mais penso, mais chego a conclusão que o teu sorriso é a armadura que tanto precisei este tempo, e que com o medo teimei infantilmente não usar.
Sei ser capaz de alcançar tudo, no sentido metafórico e literal de tudo o que a poesia alcança…
Sei ser capaz de atingir todas as barreiras que nos separam.
Queria puder tocar-te na ponta dos dedos, e ver como floresce todo este sentimento que me rodeia. Talvez o movimento de rotação terrestre parasse, fazendo a noite manter-se eternamente noite, e o dia esplendorosamente e simplesmente dia.
Talvez todas as equações que tentei resolver na minha cabeça, virassem de repente uma pergunta simples de português…uma pergunta tão simples como por exemplo “Quem és tu?”
Esperaria por uma resposta, um tempo indefinido, esperaria divertido no silêncio de poder olhar para ti enquanto estupefactamente me tentas responder.
Talvez nem precisasse de uma resposta, apenas a tenha feito para ver como reages ao tom da minha voz. Não acho que precisasse de dizer nada, porque há expressões matematicamente programadas nas minhas expressões faciais…todas constituídas por emoções e números onde a única incógnita a que vulgarmente denominamos x é a tua personalidade.

Nunca fez tanto sentido brincar com a matemática

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