Temporal

Cai, lentamente a chuva lá fora.
Observo-a atingir o solo.
Identifico-a no meio deste tremendo temporal.
Ouço-a tremer de frio
Aclama por atenção.
Vejo-a de perto.
Toco-lhe,
Sinto a fragilidade da sua forma
Pequena chuva perdida, porque choras?
Cobres a palma da minha mão, tão docemente...
Amo a tua forma de reagir aos problemas...
Fico incrédulo perante a tua simplicidade
Enquanto molhas tudo ao teu redor,na perfeição.
Tão belo estes jardins húmidos que nos rodeiam…
Maravilhosa vista campestre mesmo no meio da cidade.
Relembro...
Todos os segundos da minha vida,
A medida que cais seca sobre a minha face.
Inspiro, sozinho toda a humidade que conténs
Controlo-te, suavemente.
Deixo cada partícula percorrer o céu
E finalmente escrevo o teu nome nas nuvens
Expirando, perante o mundo
O milagre que é possuir-te.

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