Já alguma vez acordaste e sentias que o mundo poderia acabar? Que a memória que trazias ate aquele dia, daquele raio de sol, não era mais que o gele do corpo que te aquecera um dia?
O tempo passava, e a idade parecia não afetar o teu rosto. Quantos anos terás mesmo? Mesmo sabendo quem és ,sinto que permaneces uma incógnita no meu passado. Nem consigo distinguir mais o tempo. O calor e o frio parecem friccionar a mesma temperatura.
A realidade, para mim, perdeu-se algures no brilho que tens nos olhos. Gostava de a reaver agora, nem que para isso tivesse de sentir a fúria desse glaciar que tens em ti.
Nunca pedi para sentir a tua imortalidade aconchegar-se no meu sangue. Mas há laços que não se podem quebrar, não com o frio, não com o tempo, e certamente não por ti. Há palavras simplesmente tão irrefutaveis como o silencio
Escreve tão bem, jovem.
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